domingo, 5 de junho de 2011

Amor

A maioria dos relacionamentos amorosos começa bem de repente... Aquele cara que você nunca imaginou que fosse ligar, de repente te manda um torpedo e diz que quer te ver... Aquele com quem você fez muito mais do que pegar, o contato íntimo vai se tornando uma rotina, e quando se percebe surge o amor... Aquele tímido, com um grande amor inrustido que toma coragem e vai à luta... O amigo que se torna amante...

Acho que não dá pra rotular o amor, não dá para planejá-lo, não dá para forçá-lo, não dá pra escolhê-lo... ele simplesmente aparece, e quando isso acontece você perde todas as suas defesas, mesmo que insita em  mantê-las, como sentimentos opostos que se misturam e sintetizam coisas jamais sentidas, jamais imaginadas.

Costumo pensar que todo amor é eterno, mesmo que dure uma noite ou alguns meses, você pode deixar de senti-lo ocasionalmente, mas as mudanças que ele gerou em você, as coisas que proporcionou, as sensações e os pensamentos nunca irão perecer... São como o vento, podem ser uma ventania, um furacão, assim como podem ser uma brisa... 

Você pode não estar mais com a pessoa, podem fazer muitos anos que vocês não se encontram, mas quando você escutar aquela música, quando você for àquele lugar, quando você ler aquela história, é como se tudo fosse revivido, as partes boas e ruins... Torça para que quando essas lembranças surgirem, surja também um sorriso discreto em seus lábios, aquele sorriso de canto de boca, como um prazer instantâneo que transparece.

Com a vida eu aprendi a não cobrar demais dos outros, porque aqueles padrões tão claros e evidentes na sua cabeça podem ser bons pra você, mas isso é muito próprio de cada um... Aprendi a não maltratar, a não fazer joguinhos, a não mentir, a não iludir ninguém... Só quem já teve o coração partido sabe a dor que se sente, só quem já perdeu alguém importante sabe a saudade que insiste em existir, só quem já amou sem ser amado sabe como é difícil esquecer uma idealização e partir pra outra... 

No fim todo amor é uma idealização, por isso ele se modifica, por isso ele nunca é o mesmo amor... Vivemos nossas vidas compondo idealizações sobre o trabalho, sobre a família, sobre os amigos, e sobre os amantes, e quando algum deles foge às nossas expectativas sentimos uma enorme frustração. Mas quem somos nós para ditarmos o futuro? Qual o tamanho de nossa arrogância, por acreditar que nós temos o controle sobre as outras pessoas? 

No fundo, a maioria das pessoas está sozinha, pois, sejam novas ou velhas, entusiasmadas ou mal humoradas, nunca conseguirão adivinhar o que os outros pensam ou sentem... Nos relacionamos pela felicidade que isso provoca, mas o ser humano está fadado a ser pra sempre só, esperando que um dia as coisas dêem certo, esperando que as angústias sumam e que o amor permaneça intacto, o que acontece, quando se tem sorte!

Enquanto isso vamos acordando todos os dias, vamos tentando resolver nossos problemas, vamos buscando a nossa felicidade, desvendando a simples, bela e misteriosa arte de viver!

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