sábado, 27 de agosto de 2011

Casamento de mulheres!

O fato se deu na Província Indonésia de Aceh, em que duas mulheres foram obrigadas a se casarem pois moravam juntas e os moradores da província pensaram que uma delas era um homem (ALOKAAAAAAAAA)...

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Pra quem não sabe, na Indonésia se um homem e uma mulher moram juntos e não são casados isso representa um tremendo pecado, um verdadeiro Haram, ou como dizem por lá, um big Sharia, porém no caso, não era um homem e uma mulher, mas duas mulheres!!! Depois que a polícia religiosa (tenso, já num basta uma polícia normal ainda tem a religiosa... como diz um amigo meu "A vida num tá fácil pra ninguém!") soube do ocorrido prendeu as mulheres, mas ao procurar nas leis e dogmas religiosos em nunhum lugar se fala sobre casamento homossexual... E agora , José???

É a realidade dessas mulheres controladas e submetidas que não tem a liberdade nem mesmo de morar juntas, que os vizinhos já pensam mil coisas, e são tão ignorantes que além de confundir uma mulher com um homem ainda obrigam duas pessoas a se casarem...

Mas a cultura dos outros a gente não dicute, se eles acham isso certo...que seja!
Apesar de nenhum pouco lógico, vamos combinar neh??

Inté :)


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Uma posição pró-réu ou pró-humanidade?

EM CASA DE MARIBONDO, URUBU NÃO BATE ASA.

Inúmeros são os artigos e cartas que tenho visto nos jornais e revistas do Brasil, onde os autores tecem comentários sobre as propaladas reformas do Código de Processo Penal, particularmente agora que  se pode equilibrar um pouco  mais o sistema de prisão que vinha sendo imposto ao réu pobre, com graves violações ao principio constitucional da presunção de inocência ( Constituição Federal, artigo 5º inciso LVII: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória)
Os referidos artigos, escritos, na maioria das vezes,  por pessoas distantes do mundo jurídico (leia-se, não são bacharéis em Direito), não são especialistas em Direito Penal, em Processo Penal ou em Criminologia, ficam no terreno as superficialidade, apenas na alegação da insegurança da sociedade e da suposta periculosidade dos presos que serão soltos ou dos cidadãos que não serão presos, tudo isto para saciar a sede de vingança, que deveria estar afastada do Estado Democrático de Direito.
Não se lê em qualquer jornal, um artigo escrito por um leigo, dizendo este como o médico, cirurgião cardiologista, por exemplo, deve ou não fazer cirurgias, quais técnicas devam ser  utilizadas  e quais outras devam ser abandonadas. Não se lê também artigos onde leigos criticam engenheiros em razão da número da brita usada no  asfalto da estrada A ou B ( nem sei se se usa  a brita em asfalto, afinal não sou engenheiro), mas estranhamente , economistas, jornalistas, historiadores, sociólogos, músicos, apresentadores de TV, administradores, e outros tantos que não vivem o mundo forense dos tribunais, das cadeias, das injustiças históricas contra pobres e não- brancos em todos os ca ntos do país, não sabem que ainda não saímos do velho sistema de “Casa Grande e senzala” bem definido por Gilberto Freyre.
Advogados, juízes, promotores, delegados de policia opinam sobre o que o legislador constrói, e estas opiniões, no mínimo, decorrem das angustias de quem vê, no dia a dia,  a injustiça contra o acusado ou contra a vitima e, numa dosagem um pouco mais próxima da realidade, apresenta suas observações. Conheço bem os cárceres do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Amazonas, de Rondônia à Paraíba,  e bem sei que a realidade não é esta que os “mal informados” estão querendo fazer com que a população acredite ser verdadeira, através de seus textos e comentários na mídia da TV e do rádio.
Todavia, se estamos no Estado Democrático de Direito, não se pode afirmar que bocas “não-jurídicas” devam ser censuradas sobre este ou aquele assunto oriundo do  Poder Legislativo ou Judiciário, mas o senso do ridículo e a auto-critica são virtudes que o “Bruxo do Cosme Velho” tanto elogiou em seus personagens, como  no caso de Simão Bacamarte ( da obra: O Alienista), médico psiquiatra que via em todos os moradores da cidade de Itaguaí um certo grau de loucura, passando a internar um e outro em seu hospício, por fim, reconhecendo sua própria loucura, recolheu a si mesmo no sanatório.
                                                           Pedro Sergio dos Santos
Professor de Criminologia e Direito Penal- UFG e PUC GO/ Mestre e Doutor em Direito pela UFPE/Advogado criminalista.

Foi meu professor ano passado e tem uma posição de pensamento bastante corajosa, será que os presos por serem presos merecem deixar de ser humanos?

Porém sendo o Direito o universo que mais trata da sociedade e de seus problemas, será que todos têm o mesmo direito de opinar e de cobrar do poder público, mesmo sendo leigos e não entendendo realmente a forma com que a justiça funciona? Será que não falta leitura e busca de verdadeiro conhecimento? Ou isso é irrelevante perto do direito de opinar que todo cidadão tem?

#Reflita

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Só uma mentirinha...

Então seus degenerados, seus delinquentes juvenis...Mente pra mãe falando que vai dormir na casa de uma amiga e vai pra festa, fala pro pai que chegou meia noite, mas já eram 5 horas da manhã, fala pro chefe que faltou o trabalho porque uma tia morreu, fala pra todo mundo que não tira caca do nariz e que escova os dentes depois de todas as refeições...
Agora vocês foram decobertos, pois abaixo estão os 30 sinais de uma mentira.
O corpo nos revela a verdade!!!




Podemos concluir que não é o que dizemos, mas como dizemos, que faz a diferença. Sabendo disso, podemos usar a observação para nos ajudar a descobrir a verdade.

1. A pessoa fará pouco ou nenhum contato direto nos olhos;
2. A expressão física será limitada, com poucos movimentos dos braços e das mãos. Quando tais movimentos ocorrem, eles parecem rígidos e mecânicos. As mãos, os braços e as pernas tendem a ficar encolhidos contra o corpo e a pessoa ocupa menos espaço;
3. Uma ou ambas as mãos podem ser levadas ao rosto (a mão pode cobrir a boca, indicando que ela não acredita - ou está insegura - no que está dizendo). Também é improvável que a pessoa toque seu peito com um gesto de mão aberta;
4. A fim de parecer mais tranqüila, a pessoa poderá se encolher um pouco;
5. Não há sincronismo entre gestos e palavras;
6. A cabeça se move de modo mecânico;
7. Ocorre o movimento de distanciamento da pessoa para longe de seu acusador, possivelmente em direção à saída;
8. A pessoa que mente reluta em se defrontar com seu acusador e pode virar sua cabeça ou posicionar seu corpo para o lado oposto;
9. O corpo ficará encolhido. É improvável que permaneça ereto;
10. Haverá pouco ou nenhum contato físico por parte da pessoa durante a tentativa de convencê-lo;
11. A pessoa não apontará seu dedo para quem está tentando convencer;
12. Observe para onde os olhos da pessoa se movem na hora da resposta de sua pergunta. Se olhar para cima e à direita, e for destra, tem grandes chances de estar mentindo.
13. Observe o tempo de demora na resposta de sua pergunta. Uma demora na resposta indica que ela está criando a desculpa e em seguida verificando se esta é coerente ou não. A pessoa que mente não consegue responder automaticamente à sua pergunta.
14. A pessoa que mente adquire uma expressão corporal mais relaxada quando você muda de assunto.
15. Se a pessoa ficar tranqüila enquanto você a acusa, então é melhor desconfiar. Dificilmente as pessoas ficam tranqüilas enquanto são acusadas por algo que sabem que são inocentes. A tendência natural do ser humano é manter um certo desespero para provar que é inocente. Por outro lado, a pessoa que mente fica quieta, evitando a todo custo falar de mais detalhes sobre a acusação;
16. Quem mente utilizará as palavras de quem o ouve para afirmar seu ponto de vista;
17. A pessoa que mente continuará acrescentando informações até se certificar de que você se convenceu com o que ela disse;
18. Ela pode ficar de costas para a parede, dando a impressão que mentalmente está pronta para se defender;
19. Em relação à história contada, o mentiroso, geralmente, deixa de mencionar aspectos negativos;
20. Um mentiroso pode estar pronto para responder as suas perguntas, mas ele mesmo não coloca nenhuma questão.
21. A pessoa que mente pode utilizar as seguintes frases para ganhar tempo, a fim de pensar numa resposta (ou como forma de mudar de assunto): "Por que eu mentiria para você?", "Para dizer a verdade...", "Para ser franco...", "De onde você tirou essa idéia?", "Por que está me perguntando uma coisa dessas?", "Poderia repetir a pergunta?", "Eu acho que este não é um bom lugar para se discutir isso", "Podemos falar mais tarde a respeito disso?", "Como se atreve a me perguntar uma coisa dessas?";
22. Ela evita responder, pedindo para você repetir a pergunta, ou então responde com outra pergunta;
23. A pessoa utiliza de humor e sarcasmo para aliviar as preocupações do interlocutor;
24. A pessoa que está mentindo pode corar, transpirar e respirar com dificuldade;
25. O corpo da pessoa mentirosa pode ficar trêmulo: as mãos podem tremer. Se a pessoa estiver escondendo as mãos, isso pode ser uma tentativa de ocultar um tremor incontrolável.
26. Observe a voz. Ela pode falhar e a pessoa pode parecer incoerente;
27. Voz fora do tom: as cordas vocais, como qualquer outro músculo, tendem a ficar enrijecidos quando a pessoa está sob pressão. Isso produzirá um som mais alto.
28. Engolir em seco: a pessoa pode começar a engolir em seco.
29. Pigarrear: Se ela estiver mentindo têm grandes chances de pigarrear enquanto fala com você. Devido à ansiedade, o muco se forma na garganta, e uma pessoa que fala em público, se estiver nervosa, pode pigarrear para limpar a garganta antes de começar a falar.
30. Já reparou que quando estamos convictos do que estamos dizendo, nossas mãos e braços gesticulam, enfatizando nosso ponto de vista e demonstrando forte convicção?
A pessoa que mente não consegue fazer isso. Esteja atento.

Fonte retirada do livro: "A psicologia da Mentira" .

Vi esse texto no Outerspace e achei bem legal!!

Mas como eu sei que de mala o mundo está cheio, com certeza agora vocês vão usar isso para mentir mais desacaradamente e sem ninguém suspeitar...
#achojusto kkkk

Bom dia lindezas!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ofendículos fatais

Para quem fugiu da Faculdade de Direito. ou até mesmo para aqueles que estão lá mas não andam prestando muita atenção (#Fato), ofendículos são todos aqueles instrumentos ou objetos que colocamos em nossa casa ou em outros lugares próprios para defender o nosso patrimônio. Sendo um bem móvel ou imóvel de sua propriedade é direito seu defendê-lo de qualquer tipo de ameaça ou invasão, até mesmo com a força, em algumas situações, por exemplo como nós ficamos sabendo nos jornais a respeito dos problemas de terra no Pará.

Porém é fato que tal "legítima defesa da propriedade", no âmbito, portanto Civil, de forma análoga à legítima defesa do Direito Penal, deve cumpir com determinados requisitos, entre eles o não excesso, ou seja, ações de defesa devem ser realizadas simplesmente para cessar a lesão ou a violência ao patrimônio, de forma moderada. Apenas em casos muito extremos excusa-se o excesso.

Agora, analisem o grau de loucura a que nós chegamos por causa dos constantes furtos e roubos (Reportagem do Diário da Manhã aqui de Goiânia):

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 Essa doida varrida simplesmente colocou seringas contaminadas com o vírus HIV ao longo de todo o portão, além de ser um absurdo por ela ser uma médica e ter jurado proteger e cuidar acima de tudo, poderia ferir e contaminar não só ladrões mas crianças e qualquer outra pessoa que passasse por ali, até mesmo animais, por correr o risco das seringas caírem, quebrarem ou sei lá...

O que foi que a obssessão pelo patrimônio fez conosco?? Daqui a pouco voltaremos aos tempos medievais e colocaremos muros "inescaláveis'" ao redor de nossos castelos, além de poços de água com crocodilos e piranhas e quem sabe até um dragão cuspindo fogo... e é capaz do ladrões conseguirem roubar mesmo assim!

Isso, senhores, é um mundo a beira do colapso...

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Homens ou macacos?


O que nos diferencia de meros animais? Talvez a nossa "racionalidade", a nossa "inteligência", a nossa "humanidade"... Mas e se formos colocados em uma situação em que assumimos o poder? Ou, ao contrário, em uma situação em que perdemos todo o nosso poder? O que resta da nossa humanidade? No filme "A Experiência", dirigido por Oliver Hirschbiegel e readaptado por Haley Sweet, um grupo de homens é escolhido para passar duas semanas em um protótipo de prisão estadual, sendo que alguns deles assumem a função de agentes penitenciários e outros assumem a função de prisioneiros, regidos por um sistema de regras penitenciárias, sendo observados por câmeras todo o tempo. Tudo isso como uma experiência científica, comportamental e psicológica que um grupo de cientistas anuncia nos jornais, dando como recompensa 14 mil dólares a cada cobaia.

A princípio, todos são submetidos a uma série de testes e perguntas, claramente para delinear seus perfis psicológicos, a partir daí, delimitando a função, ou o papel ideal a ser exercido por cada um, dentro do sistema inventado pelos cientistas. O que justifica, por exemplo, a escolha de um devoto, de um religioso para fazer o papel de agente penitenciário e de um não devoto para fazer o papel de prisioneiro, demonstrando que tipo de valor moral deve ser ensinado a um preso, valores morais e sociais amplamente pregados pela Igreja.

É criado, portanto, um sistema prisional disciplinar, que em muito lembra uma junção entre o sistema panóptico de vigilância e o sistema de regras auburniano, em que existem as figuras autoritárias, que devem garantir que as regras sejam cumpridas, no caso os agentes penitenciários, e as figuras "rebeldes", os prisioneiros que devem ser observados constantemente, devem ser adestrados, disciplinados, submetidos à ordem estabelecida pelos agentes e pelos cientistas. De certa forma, pode-se dizer que as câmeras representam o Estado vigilante, que estabelece as regras, porém se mantendo muito distante da realidade do sistema carcerário, inerte, encarando os prisioneiros como patologias que devem ser curadas ou esquecidas.

A "disciplina" não pode se identificar com uma instituição nem com um aparelho; ela é um tipo de poder, uma modalidade para exercê-lo, que comporta todo um conjunto de instrumentos, de técnicas e procedimentos, como uma "física", uma "anatomia" do poder. Entre os diversos instrumentos disciplinares, pode-se citar a substituição do chamamento nominal dos presos por chamamentos numéricos, os horários estabelecidos para as refeições, a questão dos presos terem obrigatoriamente que comer tudo o que lhes é oferecido nesses momentos, a delimitação de tarefas para cada um dos presos, a vestimenta característica, não só dos presos como dos agentes penitenciários, a questão dos presos só poderem se dirigir aos agentes quando estes lhes derem a palavra, destruindo progressivamente a relação de camaradagem do começo da experiência e colocando no lugar humilhação e raiva.

Os presos simplesmente não seguem as regras e os agentes não conseguem impedir que seu poder, praticamente supremo, suba à cabeça. A partir do momento em que os agentes tornam as medidas disciplinares mais duras e violentas (os cientistas deixam a escolha dos próprios agentes a delimitação dessas medidas, contanto que fossem proporcionais à infração cometida), evoluindo de meras flexões para sérias agressões físicas e psicológicas, os prisioneiros também se tornam mais violentos e mais inconformados com os castigos abusivos. Até que o sistema entra em colapso, quando os presos conseguem se soltar e fazem um motim, motivado também pela morte de um dos prisioneiros durante um conflito com os agentes.

O filme se torna então uma grande guerra, sangrenta e violenta, em que os presos e agentes penitenciários só não se matam uns aos outros porque, enfim, a luz vermelha pisca e os portões do protótipo de penitenciária se abrem, indicando o fim da experiência. Incrivelmente, é como se todos abandonassem o papel que estavam interpretando e se dessem conta do que estavam fazendo, do que eram e no que se transformaram, como se percebessem o absurdo de sua própria selvageria.

Fazendo uma análise geral do filme, podemos ver o quanto o nosso sistema carcerário atual é falho e incompetente em sua função de ressocializar o preso, pois muitas vezes ele sai de lá muito pior do que quando entrou; na atual Teoria do Crime, sendo a Sociedade Geral, representada pelo Estado, a principal vítima de todos os crimes cometidos pelos cidadãos, a pena existe não para apagar um crime, mas para transformar um indivíduo, o que obviamente não acontece.

Foucault diz que a evolução do sistema carcerário fez com que o Estado, de forma geral, abandonasse a aplicação de castigos corpóreos como os suplícios, porém o que se vê é uma realidade ainda muito brutal, em que os presos são submetidos não só a agressões verbais, mas também físicas, perdem suas identidades, sua auto-gestão, tudo aquilo que os torna humanos, partindo do princípio de que a sociedade deve ser protegida a qualquer custo e que quem não se encaixa deve ser devidamente punido.

Segundo Baltard, as prisões são "instituições completas e austeras", como um aparelho disciplinar exaustivo que deve tomar a seu cargo todos os aspectos do indivíduo, através da delimitação de hierarquia, de regras disciplinares claras e precisas, através do isolamento, do trabalho, do silêncio e da resignação, porém os grandes teóricos da "teoria da prisão", do século XVIII, se esqueceram que são pessoas de verdade que põem o sistema para funcionar, pessoas que cometem erros, que se deixam levar pela ambição e pelo poder, numa situação agravada pela omissão do Estado, levando o sistema prisional ao caos, conforme é metaforizado no filme.

Foucault ainda ressalta que:

"O sonho de uma sociedade perfeita é facilmente atribuído pelos historiadores aos filósofos e juristas do século XVIII: mas há também um sonho militar da sociedade; sua referência fundamental era não ao estado de natureza, mas às engrenagens cuidadosamente subordinadas de uma máquina, não ao contrato primitivo, mas às coerções permanentes, não aos direitos fundamentais, mas aos treinamentos indefinidamente progressivos, não à vontade geral, mas à docilidade automática."

E, partindo dessa ideia, ele diz que há um "desafio político global" em torno da prisão, que não se trata de saber se ela é corretiva ou não, ou de quem terá mais poder dentro e fora de seus muros; na verdade ele está entre a alternativa prisão ou algo diferente disso. É muito fácil perceber que essas complexas relações de poder, corpos e forças submetidos por diversos "dispositivos de encarceramento", discursos abstratos em contradição com a realidade carcerária ainda levarão a sociedade a muitas discussões e a muitas batalhas.

O prisioneiro 77, enquanto figura bastante influente ao longo do filme e o preso que mais sofre retaliações, até por ser o mais "indisciplinado" segundo os padrões da experiência, é questionado por um dos colegas de quarto, quando estão indo embora pra casa, se ele ainda acredita que os seres humanos são mais evoluídos que macacos. Ele diz que sim, pois os seres humanos têm a capacidade de mudar.


Bem blogueiros, esse texto foi escrito por mim no semestre passado, como parte da nota da matéria Execução Penal e Administração Prisional na Faculdade de Direito.

Eu postei esse texto aqui, porque assim eu já mato muitos coelhos com uma caixa d'agua só (kkkk eu sei que o ditado não é assim, mas fica mais engraçado, porque não faz o menos sentido!).

Primeiro divulgo o Filme "A Experiência". Eu assisti as duas versões, ou seja, a alemã, que é a original, e a norte-americana. Particularmente, preferi a norte-americana, até pela qualidade de imagem e pelos atores. A baixo as duas capas do filme:



 Em seguida eu já indico também, pra quem se interessar, o Livro "Vigiar e Punir" de Michel Foucault, que trata da história das prisões, dos suplícios corporais, da evolução do conceito de crime e punição, do estudo dos sistemas de vigilância e disciplina... um livro completíssimo e muito importante para quem deseja entender muito mais sobre o assunto.

Enjoy :)