segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um dia absolutamente comum

O relógio te desperta de forma até confortável, no meu caso com a música "Stairway to heaven" do Led Zeppelin, ao abrir os olhos um leve entorpecimento para se acostumar com a claridade de um novo dia que começou e na cabeça nada além do simples pensamento: "como eu queria dormir mais 5 minutos!".
Mas mamãe já nos ensinou que a vida não é assim tão fácil e eu já confirmei tal afirmação cientificamente.

Já no trabalho, minutos depois, em meio a bom dias sem a menor intenção de realmente estar desejando um bom dia (falsidade, aloka!), migramos diretamente ao computador, a máquina, a tecnologia, a escravidão. E ficamos sabendo das última notícias picantes, não só da novela das 21h (só hoje havia uns 3 tipos diferentes de revistas de fofoca na minha mesa, não faço ideia de quem sejam, palavra de escoteiro!), porque saber que na verdade o Totó está enganando a Clara (bandida) com um plano infalível arquitetado por ele, leva a discussão dos perigos que um corno aparentemente manso pode representar para uma vilã super indefesa... assim como outras notícias picantes das atuais devoluções, para não dizer demissões que andaram acontecendo!!

Então todos entram em pânico, pessoas se escondem embaixo de mesas ou dentro de arquivos empoeirados, fichas de frequência voam para todos os cantos, mulheres choram descabeladas e aqueles que tem cargos comissionados lamentam a saída de seus protetores! É como se Voldemort tivesse se tornado chefe do setor e não há nada que Harry Potter possa fazer para evitar um desastre no mundo dos funcionários públicos e privados...

Mas se enfim o chefe chega, um pouco mais gordinho do que o Voldemort, até porque ninguém é de ferro de fazer dieta no natal e no reveillon, os assuntos desaparecem, a sala está tão sóbria que parece que aquela confusão jamais ocorreu e um sonoro "bom dia" sai da boca de todos mecanicamente! A partir daí todos tem que mostrar serviço e por isso enchem o chefe de documentos e de conversas que todos sabem que o agradam, como: pescaria, linhas de pesca, peixes, atum, sardinha... (todo esse campo semântico e o escambal!!!).

No fim do expediente todos fazem novena para que o salário tenha enfim saído na conta, para a alegria desses pobres funcionários, que não querem nada além de um financiamento nas Casas Bahia, uma viagem a praia todos os anos e um carrinho popular novo a cada 6 anos... é pedir muito? 

Agora se tudo isso aconteceu em um emprego meio período, imagine o stress do pessoal que trabalha integral! São muitos anos de psicanálise e clínicas de repouso para se recuperar...

Tenham todos um bom dia e não fiquem tristes... todos os dias comuns são mais ou menos assim mesmo!


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